Do Latim FELICITAS, “felicidade”de FELIX,
“feliz”, do verbo grego PHYO, “produzir”, que traz a conotação de “fecundo,
produtivo”.
A busca da felicidade é percepcionada por cada indivíduo de modo
diferente, como seja a satisfação/realização pessoal, relações inter-pessoais bem sucedidas e mesmo aquisição de bens materiais. Contudo
reside sempre a questão de a felicidade ser um patamar utópico, ao qual
almejamos sem alcançar e porquê? Será que o estamos a fazer bem ?!
Vejamos alguns pensamentos de antigos filósofos
que nos podem fornecer algumas pistas. Tales de Mileto foi o primeiro a
pensar neste assunto e para ele ser feliz era significado de ter corpo são e forte, boa sorte e alma
bem formada. Sócrates acrescentou que a felicidade não está unicamente
dependente da satisfação dos desejos e necessidades do corpo, pois, para ele, o
homem não era só o corpo, mas, principalmente, a alma. Assim, a felicidade era
o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e
justa. Mas serão estes pontos os suficientes?
Não podemos pensar na felicidade
como algo que o indivíduo seja capaz de atingir sozinho, isolado do mundo. A felicidade não é uma actividade solitária nem egoísta.
Pensemos como exemplo em alguns dos povos que passam mais dificuldades mas que no entanto são mais felizes do que aqueles que pensam possuir tudo. O que podemos concluir dessa perspectiva de vida é que se retirarmos ao homem todos os bens físicos e infra-estruturas, ou seja, no geral aquilo que é extrínseco , só
lhe resta subsistir com aquilo que “tem dentro de si”, que faz parte da sua essência . Os seus
sentimentos, o modo de se relacionar com o próximo e com o mundo são afinal os pontos chaves nesta jornada.
A verdade é que a
verdadeira felicidade tem de partir de nós e da nossa maneira de agir perante o
mundo. As nossas acções fazem a diferença. Um sorriso faz a diferença. É o nosso
modo de agirmos perante o outro e o mundo que faz a diferença no alcance da
felicidade. É uma autêntica reacção em cadeia, pois se optarmos por sorrir ao
outro em vez de franzir o sobrolho, ou de cantar em vez de desanimarmos,
acabamos por fazer a diferença na relação com o próximo, e por conseguinte no seu modo de estar na sua nuvem de relações e em cada uma destas propagar-se-á esse efeito o que em ultima instância se traduzirá na tão desejada felicidade!

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