Era uma vez um homem muito pequeno, tão pequeno que quando em criança a sua mãe chegou a pensar que o tivesse perdido.
Pobre mãe, passou dias sem o ver, bem o chamava mas nada escutava, procurou em todos os cantos e esconderijos, por toda a aldeia fora mas não encontrava o seu querido Leonésio. O que iria fazer sem o seu bem mais precioso?
Um dia, cansada de se lamentar e de andar em desespero, parou frente ao espelho olhando as covas negras por baixo dos seus olhos e apalpando o sítio onde antes batia o seu coração e que agora era apenas um buraco negro com um laivo vermelho. Nisto, num relance reparou num pequeno cisco no seu ombro que parecia mover-se. Focou o seu olhar diretamente no espelho e lá estava ele no seu ombro sentado, o pequeno Leonésio! Mas que alegria e alívio, afinal estivera sempre ali todo o tempo e ela procurando-o por todo o lado!
Os anos foram passando e o Leonésio ficando famoso na sua aldeia. Dizia que queria ir à Lua, ser astronauta! Enquanto isso, passava os dias fazendo malabarismo para trás e para a frente. Todos se admiravam como um homem tão pequeno com um tronco de caniço e postura frágil conseguia equilibrar três globos com as suas diminutas mãos.
Mas ele tinha uma capacidade singular em girá-los desenhando bonitas hipérboles. Todos o aplaudiam por onde passava, e ele agradecia fazendo vénias que pareciam piruetas, contente por todos o verem.

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