Há sonhos de algodão e outros de arestas afiadas, há outros ainda que não o são porque nunca ninguém os sonhou.
Dizem que os sonhos são uma espécie rara que por aí existe. Talvez até em vias de extinção!
Não querem ser vistos, vivem escondidos fugindo à realidade.
Quem tiver a sorte de apanhar algum há-de ver que não há felicidade que se compare.
Dizem que são capazes de criar tal simbiose que só o seu dono os poderá alimentar. Muitos sonhos podem até parecer iguais, mas a alma, essa é a do seu dono e é a que faz a diferença.
Mas se conseguir domesticar algum terá de ter muito cuidado, porque se o aprisionar, e não o deixar crescer, ele definha e morre.
E depois? Onde é que se enterram os sonhos? Em algum cemitério dos sonhos?ou deixamo-los por aí abandonados?
Uma coisa é certa,uma vez que apanharmos um desses fugidios, se não o conseguirmos valer, não há outro que o consiga, porque os sonhos são-nos fiéis embora não lhes reservemos a devida importância.
![]() |
| Ilustração de Maurice Sendak |
.jpg)
Comentários
Enviar um comentário